É o vazio...
Quando voltei, nada havia senão vazio.
Em mim ficou a dor de partir buscando, e saber que não encontrei. Não descobri nada que não tivesse já aqui. Foi em vão esta jornada, e o caminho foi tão longo até que pudesse voltar!
É agora hora de limpar o que ficou: o suor dos trilhos ao Sol, as gretas dos troços geados, o mofo das passagens húmidas, e as lágrimas de não ter encontrado o que procurava. É agora hora de decidir: ou ponho tudo de lado e sigo, parto de novo e luto com armas fictícias neste mundo que nada tem de real, ou me resigno à inevitável sensação de busca e não volto a partir.
Afinal, o que tenho no caminho é o que sempre tive aqui: uma dúvida constante, e um vazio terrível por procurar sempre, e ainda não saber quem sou...
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